Meu nome é Marcelino Santos. No final dos anos 90, trabalhava numa empresa triple A, e com presença multinacional (a expressão global não era utilizada ainda). A reengenharia empresarial e o downsizing dominavam o cenário econômico e a mente de CEOs e administradores pelo mundo afora. Atuava como gerente de planejamento e finanças numa empresa de telecomunicações, e já estava há quase 3 anos, indo, e voltando, mudando sem sair do lugar, vendido e comprado ao sabor do jogo empresarial. Até que finalmente, aceitei um plano de demissão incentivada, e fui tentar empreender. Mas, me faltavam atributos e autoconhecimento. Me endividei, me desorganizei, e bimba, depressão. Na virada do milênio, não existiam mentorias, mas, existiam labirintos, tive que encontrar o caminho de volta ao mercado. Comecei uma pós-graduação em marketing, e quase no final do curso, esbarrei num processo seletivo para consultores, e foi onde aconteceu o terceiro setor, conhecido como mundo das ONGs